terça-feira, 16 de setembro de 2014

Síndrome do pânico (Hipocondria) Veja se você tem esses sintomas.


A Síndrome do pânico   é também conhecida por Transtorno do pânico ou simplesmente Pânico e trata-se de um transtorno de ansiedade com sintomas intensos.

O portador desta síndrome é basicamente uma pessoa ansiosa e como todo ansioso tenta controlar avidamente aspectos do seu dia a dia, como por exemplo o transito congestionado, a multidão de pessoas no shopping, o medo de estar só em casa, o aspecto fechado do cinema ou do transporte publico como metrô ou ônibus entre outros, mas sente-se impotente diante do mal estar repentino e quase sem explicação que lhe faz sofrer com taquicardia, suor frio, dor de barriga, ânsia de vômito ou falta de ar (um ou mais destes sintomas).

O sentimento fundamental da síndrome do pânico é o medo. Medo de passar mal, medo de não receber socorro, medo de não ter recursos que atendam suas necessidades naquele momento no qual passa muito mal.
O comportamento mais comum no momento da crise é correr para conseguir ajuda, a pessoa procura outros que possam socorrê-lo ou até mesmo um pronto socorro – pois a sensação é de um   verdadeiro ataque cardíaco, mas o médico sempre diz que “não tem nada”.

O comportamento mais comum depois da crise é evitar que estas crises ocorram novamente, e para isso é comum que o portador de panico evite retornar a lugares parecidos com aqueles onde estava no momento da crise. Se teve a crise em casa evitará ficar em casa sozinho, se teve a crise na estrada tentará evitar estradas, se passou mal em um túnel fará pesquisa sobre novos caminhos para que não precise passar por túneis. A isto se dá o nome de agorafobia – medo de lugares específicos.
Outra forma de tentar, infelizmente inútil,  evitar crise é amparar-se em “muletas emocionais” como garrafas d’água das quais se tornam inseparáveis, medidores de pressão, ou outros.
Sintomas comuns na síndrome do pânico

As principais sensações da  síndrome do pânico   são:

- Falta de ar ou sensação de abafamento
– Tontura ou sensação de desmaio
– Aceleração dos batimentos cardíacos
– Tremor
– Suor
– Asfixia , sensação de sufocar
– Estomago revirado
– Náuseas ou sensação de que vai vomitar
– Se sentir irreal ou despersonalizado, sentir que você não é você
– Formigamentos
- Dor de barriga
– Medo de morrer
– Dor no peito
– Medo de enlouquecer
– Medo de fazer algo fora de controle
- Outros (caso tenha dúvida quanto aos seus sintomas entre no fale comigo e faça sua pergunta).
Não são todos portadores de síndrome do pânico que padecem com todos os sintomas, normalmente as pessoas tem apenas dois ou mais estes sintoma.
Algumas pessoas não saem de casa, deixam de trabalhar, de estudar ou estar com amigos por medo destes sintomas.
A palavra pânico significa medo muito intenso. A pessoa tem medo, mas não sabe do que, normalmente os sintomas ocorrem em lugares inesperados, como na rua, na sua própria casa, no shopping, mercado, cinema, estrada, etc.

Como a síndrome do pânico inicia

Exemplos:
- Maria estava fazendo compras, quando chegou ao caixa para pagar suas compras começou a passar mal, o coração acelerava, parecia que ia sair pela boca, tremia, nem conseguia pegar o dinheiro na bolsa. Depois disso ficou com medo de sair de casa sozinha e principalmente com medo de ir ao mercado novamente, e até hoje precisa de alguém para estar junto a ela quando precisa sair de casa.

- João estava viajando a negócios quando começou a passar mal no trem, deu uma ânsia de vomito muito forte. Não havia indícios de ter comido algo que pudesse ter lhe feito mal. Depois disso ele teve que desistir deste emprego e aceitar outro que mesmo pagando bem menos não tinha que andar de trem.

- Pedro estava de férias, caminhando na praia, de repente começou a suar frio, deu dor de barriga, ele só queria sair correndo dali e com isso interrompeu as tão esperadas férias.

O primeiro ataque costuma ser sem aviso, não há aparentemente nenhuma boa razão.

Não há duas pessoas que descrevam seus ataques de pânico exatamente da mesma maneira. Para uns são palpitações, parece que estão tendo um ataque do coração, outros, sentem tontura,

parece que vão desmaiar, outros sentem enjoo e ficam com medo de vomitar na rua, outros tem falta de ar, outros precisar correr para o banheiro. O que todos têm em comum é que suas vidas mudaram depois desse primeiro episódio de pânico. Essa crise fez essas pessoas se voltarem para dentro de si mesmas. Causou prejuízos em seus relacionamentos e outros aspectos do dia a dia, e virou uma fonte diária de pavor.

Como as pessoas lidam com a síndrome do pânico

Muitos vão  ao médico e descrevem todos os sintomas, mas na síndrome do panico é comum que o médico diga que "está tudo bem". Mas como está tudo bem se ele está passando mal toda hora? Alguns médicos conseguem identificar que se trata de uma questão psicológica e o encaminham para psicoterapia, mas infelizmente nem todos conseguem diagnosticar a síndrome do pânico.

Este texto é dirigido a dois tipos de pessoas: Para aquele que têm síndrome do pânico, mas ainda não sabia direito do que se tratava e nem que há tratamento, como também é dirigido para os amigos ou familiares  de quem tem pânico e que querem que seus amigos tenham assistência correta.

Quem está por perto também sofre, e muito, pois sofre as conseqüências de conviver com alguém que mudou totalmente sua alegria de viver depois dos episódios de pânico.   .

A compreensão inicia o processo de superação.A primeira coisa a saber sobre o pânico é que, aparentemente, vem do nada. Um dia parece que está tudo normal, com os problemas comuns do dia a dia mas de repente, uma crise de pânico. esta pessoa logo  descobrirá que este é o começo de um longo período de mudanças.
Cada um dá  um nome diferente a estas sensações, uns chamam de colapso, outros de crise, outros não dão nome nenhum, somente sabem que passaram muito mal, do nada, e agora estão sempre com a expectativa de que a coisa aconteça novamente.

Padrões da síndrome do pânico

1º  - Local = As pessoas com pânico acham que o sintoma vai acontecer quando estiverem em certos lugares específicos, como por exemplo, no cinema, no mercado, na igreja, no centro, no ônibus, etc, ao saírem desses lugares já se sintam melhores imediatamente.

2º - Situação = O pânico surge em situações específicas, como por exemplo não ver a porta de saída do local, ou  estar sozinha em algum ambiente.

3º - Sensações = Sentir calor, tontura, sentir o coração bater mais rápido pode fazer a pessoa entrar em pânico. As pessoas passam evitar lugares com as janelas fechadas para não suarem, porque suar passa a ser um estimulo aversivo, ou passam a carregar um garrafa de água o tempo todo.

4 º - Antecipação = A pessoa sofre muito mais na espera do que quando a coisa finalmente acontece. O medo do que está por acontecer é muito pior do que quando a coisa finalmente acontece.

5º - Ações = O pânico pode aparecer simplesmente por realizar certas coisas como ver TV, discutir com alguém, etc. É por isso que o portador de síndrome do pânico limita ações e realizações de forma geral em sua vida.

6º - Dormir = Alguns tem pânico só por dormir, isso mesmo, ele tem sensações de queda, ou sente seu próprio coração bater, isso seria normal, mas ele se assusta e entra em pânico.

Diferença entre síndrome do pânico e fobia

Fobia é quando a pessoa se apavora diante de um estímulo específico, para alguns pode ser pombos, pra outro altura, etc. A síndrome do pânico não se refere ao medo de algo que está fora, é o medo de sentimentos e sensações internas.

A Síndrome do pânico mudas as pessoas

A vida de uma pessoa pode ser dividida entre antes e depois da síndrome pânico .
As reações típicas são:
1º Medo - Medo tanto de ter outros ataques  como do que pode acontecer no próximo ataque.
2ª Auto observação – O portador da síndrome do panico desenvolve um foco interior. Tira o foco do que se passa em volta e só observa as sensações internas. O problemas é que nossos corpos mudam o tempo todo, ora você sente frio, ora calor, ora bate o coração mais rápido. Quem já teve um episódio de pânico tudo isso passa a significar perigo. O resultado desse foco é procurar em si mesmo os sentimentos que menos gosta e, quem procura acha. Esta pessoa fica muito sensível a mínima quantidade desta sensação, ou seja, se no primeiro episódio de pânico ela teve falta de ar, esta sensação será  fortemente observada  e caso identifique que está lhe faltando ar, ou qualquer sensação que pareça falta de ar, ela vai acabar passando mal, sem perceber que foi ela mesma que intensificou essa sensação.  Ou seja, o medo do pânico pode efetivamente criar novas crises de pânico.

3ª Evitação - O portador de panico não se atreve a ir ao lugar que acha que vai lhe dar pânico, não vai mais ao cinema, na casa da sogra, ou não sai mais de casa. É por este motivo que as pessoas passam a fazer as coisas mais loucas para conseguirem enfrentar o pânico, como por exemplo beber algo alcoólico antes de realizar uma tarefa mais difícil, ou só sair de casa com alguém ao lado, usar óculos escuro mesmo sem haver sol, só andar  colado nas paredes com medo de perder o equilíbrio, só parar perto de portas e saídas, etc. Ou seja, inventam talismãs, criam hábitos esquisitos que atrapalham mais ainda. Houve o caso de um paciente que só saia de casa com seu tranquilizante no bolso, até aí tudo bem, mas nunca usava o comprimido,  só por saber que ele estava em seu bolso ele se sentia bem, uma dia ele lembrou que deixou o remédio no bolso do outro casaco e pronto, outro episódio pânico surgiu.

Tudo isso parece ajudar, beber água, abrir a janela, correr para dentro de casa, mas não ajuda porque diminui a qualidade de vida e não possibilita que as pessoas aprendam a lidar com o pânico.

O que é um ataque de pânico

É um mecanismo de defesa que se desregulou. Veja bem, nosso corpo é uma maquina maravilhosa, fomos desenhados para nos proteger de perigos, se você tomar água pela via errada a água entrará pela traqueia você vai tossir automaticamente, não precisa pensar “ Vou expelir essa água”. Se você comer uma comida estragada vai vomitar, não é agradável, mas é uma forma do seu corpo se livrar de algo ruim. O nosso corpo é uma maquina de proteção que trabalha por nós.

O medo é um tipo de reação automática de proteção. Se você está numa rua escura e vê um pit bul, o seu corpo vai reagir automaticamente, a adrenalina é injetada na corrente sanguinea imediatamente, o coração dispara, você começa a suar, e sai correndo. Essa é uma reação de medo, e existe para te salvar do perigo. Esses sentimentos não te incomodam porque  você sabe exatamente porque os está sentindo.

Essas mesmas reações de medo estão no centro de um ataque de pânico. As sensações de medo e pânico são exatamente as mesmas, o coração acelera, aumenta a respiração, você fica ofegante, fica supersensível,  treme, a boca fica seca, você tem dificuldade em falar, perde a concentração, nem sabe mais onde está e fazendo o que,  dá vontade de ir no banheiro, durante o pânico vem um monte de pensamento intrusivo e horrível. Mas as sensações do pânico são despropocionais.

Mas lembre-se de que nem todas as pessoas tem as mesmas reações, há um grupo de sintomas típicos como mencionado acima, mas nem todos sentem todas estes sintomas.

Medo de que

No ataque de pânico não há explicação objetiva para pessoa sentir todo este quadro de sintomas, não tem um "pit bul" ameaçando mas a sensação é de que há algo muito ruim acontecendo. Não há um fator desencadeante. As pessoas que passam por uma crise de pânico costumam ficar totalmente confusas. Elas não encontram uma razão para de repente sentir esse mal estar e por isso que passam a pensar que estão sofrendo um ataque do coração, que terão um tumor cerebral, que estão tendo um colapso mental, que vão perder o controle de si mesmas a qualquer momento.

O que acontece é que em um ataque de pânico a reação de medo foi desencadeada por acidente. O medo que seria uma proteção ao  corpo, quando disparado em hora errado provoca toda essa sensação horrível, e o pior, pode durar anos. Já tratei pessoas que estavam com pânico há 10, 20 anos. Mas a boa noticia é que já existe um protocolo terapêutico muito eficiente. .

As pessoas imaginam perigos diferentes durante uma crise de pânico.
Um exemplo: Uma pessoa está no metrô, o vagão está lotando cada vez mais, uma hora ela sente uma ponta metálica apontando nas suas costas, pronto, nessa hora ele lembra que ouviu falar dos assaltos no metrô, ela tem certeza de que vai ser assaltada, fica apavorada. Até olhar pra trás e ver uma velhinha com seu guarda chuva distraidamente pegando nas suas costas.

O pânico é exatamente isso. Assustador, terrível, apavorante quando a pessoa não sabe o que é. E o primeiro passo para você vencer   conhecendo mais sobre essa síndrome.

Passar por episódios de pânico é aterrador, os sentimentos são fortíssimo e aparecem sem qualquer razão, e você acaba achando que tem que fazer qualquer coisa, mesmo que insensata, para se livrar. Aí pode estar o perigo , porque muitas vezes é exatamente a forma que você acredita que vai se livrar do pânico que fortalece o problema mais ainda.

Mitos sobre a síndrome do pânico

Mito n° 1  = "Isso nunca vai acabar".     Durante a crise a sensação é que o sintoma não vai terminar nunca. As crises sempre são passageiras, o problemas é que elas voltam.
Mito n° 2 = “É o meu coração” .    Eu sei que a sensação, pra muitos é de que estão tendo um ataque cardíaco. Mas não é.
Mito n° 3 = “Vou morrer ”. Dificilmente alguém morre devido a síndrome de pânico. O que acontece é que o pânico, como outro esforço qualquer pode desencadear um problema orgânico pré-existente, se houver um histórico de insuficiência cardíaca, ou asma severa, um ataque de pânico pode desencadear esse problema.
Mito n° 4 = “Vou desmaiar”. Como algumas pessoas sentem a visão nublada, tontura, náusea, passam a ter certeza de que vão desmaiar. Mas isso dificilmente acontece, a única exceção são os casos de pessoas que são muito ansiosas com qualquer coisa relacionada a questões médicas, como hospital, injeção, sangue. A pressão sanguínea aumenta e pode haver um desmaio.
Mito nº 5 = "Vou ter    um derrame”.    Não vai , mesmo que pareça.
Mito n° 6 =   "Vou ficar paralítico, ou cego”.    Muitas pessoas tem a visão muito turva durante um ataque de pânico ou trava as pernas. Mas não significa dano permanente.
Mito n° 7 = “Vou asfixiar”.    Tive uma paciente que corria para o pronto socorro toda semana achando que não estava respirando. O medico olhava para ela e dizia "estou vendo você respirar". Na hora do sufoco a impressão é de que o ar não entra.
Mito n° 8 = “Não consigo engolir”. Na reação de medo o corpo produz pouca saliva, que seca a boca e dá a impressão de que não dá mais para engolir, o que não é verdade.
Mito n° 9 = “Vou ficar louco”.Como a pessoa tem a sensação de que perdeu o controle  do seu corpo parece que vai enlouquecer, mas isso não é loucura. Garanto. Mas na hora as pessoas acham que seu descontrole pode fazer com que machuquem alguém ou a si mesmas. Aparecem  pensamentos horríveis. Alguns não conseguem ficar dentro de casa, tem que sair, ir pra casa de alguém. Outros sentem que não vão ter controle sobre seu corpo, que não vai dar tempo de achar um banheiro, que vai vomitar na rua e passar o maior vexame, mas no geral isso não acontece com frequência.

O que causa a síndrome do pânico

Mesmo que aparentemente não haja nenhuma ligação obvia do pânico com as coisas que estão acontecendo na vida da pessoa, sempre tem uma ligação com acontecimentos passados. Por isso é importante lembrar quando foi o primeiro episódio. E ainda  assim é possível percebemos que não tinha nada de muito diferente acontecendo naquele dia, naquela semana. Um pouco de estresse, mas nada que fosse diferente do resto da sua vida, um pouco de preocupação, mas quem não tem? Aí o pânico vai se repetindo, outros episódios vão acontecendo. Mas se você olhar só para o que acontecia na sua vida nesses dias você não vai achar a causa, tem que olhar mais para trás, porque o pânico não aparece tão imediatamente após o evento traumático que o provocou, pode demorar meses ou anos.
Estudos, e a minha prática na clinica,  mostram que meses antes do primeiro episódio de pânico esta pessoa passou por algum estresse muito forte, ou situação traumática.
As situações mais comuns envolvidas na causa da síndrome do pânico costumam ser:
Morte ou doença de marido, esposa, parente, amigo, etc.
Doença ou cirurgia no companheiro,
Problemas no casamento   , separação, companheiro muito violento, ou muito crítico, descoberta de uma amante na vida do outro, ou divorcio.
Filhos   , ter um bebê, perder um bebê, passar por um aborto, acidente com filhos, ou a pressão de cuidar dos filhos.
Família   , ter de cuidar de pais idosos, intromissão dos pais na sua vida.
Mudanças    na vida como sair de casa, começar um novo emprego, mudar de bairro, começar a faculdade.
A própria pessoa ficou doente, ou sofreu um acidente.
No    trabalho    pode ter sido o estresse, as cobranças, prazos impossíveis de cumprir.
Preocupações com    dinheiro   , fracasso nos negócios.
Uso de  drogas   , já vi caso de pânico que começou devido ao uso de maconha.
Afastar-se dos amigos.
Estar preso em um casamento infeliz, ou ter que viver com sogros, ser controlado por outra pessoa, marido, chefe, pais etc.
Se o pânico não aparece na hora em que qualquer uma desses agentes estressores aconteceram, porque aparecer depois?
Esses estresses vão diminuindo a resistência da pessoa pouco a pouco. Um pouco de stress todo mundo consegue suportar, na realidade a gente gostaria de suportar mais do que realmente consegue, aí fica fingindo para si mesma de que está tudo bem, que aguenta, acha que dá para segurar, mas não está dando, e quando cai a ultima  gota d’água, o copo transborda.
O que as pessoas estranham é que o primeiro episódio de pânico pode acontecer nas férias, quando aparentemente está tudo bem, e lá vem aquele mal estar repentino que parece loucura, totalmente sem sentido. Mas foi justamente esse período de relaxamento o facilitador para aquele estresse acumulado mostrar que não estava de fato resolvido.

Gatilhos para os sintomas da síndrome do pânico

Uma característica do pânico é o  gatilho, ou seja, a pessoa vai segurando até que algo aconteça e o faz  explodir.
Exemplo,  caso de um rapaz que ajudou a família a vida toda, mas  era magoado por essa família, até a herança dele  conseguiram dar um jeito para  que não recebesse. O gatilho para o pânico acabou sendo um fusível que queimou. Como ele sentia que não podia explodir com a família explodiu com o coitado do fusível de forma desproporcional e irracional. .

Conseqüências da primeira crise de pânico

Depois do primeiro episódio a pessoa fica hipersensível a qualquer detalhe que lembre o pânico. Passa a vigiar se o coração está bem, se ele vai disparar, se está dando ânsia de vomito, se o estomago está se mexendo, se os olhos estão ficando turvos, e por aí vai, cada um tem seu sintoma.  O  pessoa portadora do panico quer escapar a todo custo dessas sensaçõe, é uma tortura passar por isso, e o que ela faz? começa a evitar tudo o que acha que pode começar uma crise de pânico. Se ela acha que é andar de ônibus que a faz ter pânico, ela passa a nunca mais andar de ônibus, se ela acha que é ficar fora de casa que a faz passar mal, ela não sai mais de casa, se ela acha que é ficar sozinha, ela procura gente para ficar com ela 24h por dia. Se ela acha que é o cinema que dá pânico ela deixa de ir ao cinema. o Panico faz com que a pessoa mude todo o seu estilo de vida. Ela não gosta dessa pessoa na qual ela se transformou. A pessoa que passa por essa crise sempre diz: “não dá pra entender porque isso acontece comigo”.
Os sintomas surgem abruptamente: ritmo cardíaco acelerado, suor frio, tremores, falta de ar, aperto na garganta, sensação de sufocamento, dor no peito, náusea, tontura, dor de barriga, medo de perder o controle ou enlouquecer, medo de morrer, formigamentos, calafrios ou onda de calor, sensação de que vai desmaiar, desrealização e despersonalização, que é a sensação de estar ali, mas ao mesmo tempo não estar

Como acabar com o a síndrome do pânico

A primeira coisa para superar o pânico é entender o que é :
- Um ataque de pânico é uma reação de medo, que seria normal, se não aparecesse em situações onde não há perigo real.
– Quem está passando pelo mal estar  pensa que está tendo um problema orgânico muito sério, quando a verdade é que está passando por questões emocionais muito fortes.
– As pessoas em crises de pânico não conseguem fazem a relação entre essas crises e os problemas que  já teve em outros períodos.
– Não entendendo a causa real, as pessoas passam a ter muito medo de passar por novas crises.
– Esse medo transforma a vida da pessoa, ela passa a ser  supersensível a qualquer coisa que pareça começar a crise, tenta descobrir formas de neutralizar esses sintomas, como deixar de fazer coisas, de sair de casa, tomar água para se acalmar, ou ingerir álcool para conseguir enfrentar, mas essas tentativas só pioram o problema.

Tem tratamento para síndrome do pânico?

Sim. Tem tratamento. A psicoterapia  desenvolveu todo um conjunto de técnicas que podem apresentar resultados muito bons na superação destes sintomas.
Uma terapia bem feita irá tanto trabalhar para eliminar os sintomas como entender o que iniciou todo esse quadro para reduzir  o risco de substituição de sintomas, ou seja não substitui por outros quadros ansiosos.

Um comentário:

  1. Estou em tratamento ja fazem tres anos. agora tenho tido crises e o medico teve que mudar minha medicação. dos sintomas citados acima so nao tenho formigamento,de resto tenho todos e mais alguns. nesses tres anos aprendi lidar com a doença e tentar controlar pensamentos e medos, sabendo que todo esse sofrimento vai passar. É uma sensação inesplicavel, muito ruim mesmo. Mas sempre passa.Graças a Deus que me sustenta, tambem tenho amigos que sempre estao ao meu lado me dando apoio, e isso é fundamental.

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