CANTINHO DA ARACY BONNER


MAIS FORMAÇÃO E MENOS SIMPLIFICAÇÃO
Que tal pensarmos mais nos métodos de ensino de Português e menos em simplificações sem sentido? Que tal pensarmos em como formar adequadamente o professor para ele ter mais embasamento na hora de ensinar? Que tal prepararmos os docentes para o uso efetivo de ferramentas tecnológicas na escola? Que tal entendermos que os jovens "de hoje" são diferentes das gerações anteriores e, por isso, precisam receber aulas mais contextualizadas?
Não devemos esquecer o passado e abandonar tudo que já foi feito até aqui. Precisamos apenas lembrar: a sociedade mudou, a tecnologia é uma realidade e a língua possui novas variantes. Com esse cenário, o ensino de Português no Brasil precisa se adaptar. E não é uma mudança ortográfica forçada e sem embasamento real no uso que vai ajudar.
Na próxima semana, nos dias 10,11 e 12 de setembro, o professor Ernani Pimentel vai oficializar uma proposta em relação à ortografia da Língua Portuguesa. Ele pretende eliminar o H e alterar as regras de uso do "S, C, Q, J e G". Ficaríamos com: OJE, QEIJO, XAVE, ESESÃO e EZERSÍSIO, por exemplo. É uma simplificação que ainda será analisada pela Comissão de Educação do Senado Federal, antes de seguir para votação.
As ideias do professor Ernani causaram bastante polêmica. Sobre esse tema, um debate entre especialistas da área e membros da Academia Brasileira de Letras ocorreu durante a 23ª Bienal Internacional do Livro, em São Paulo.
Carlos Alberto Faraco, coordenador da comissão brasileira no Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP), criticou a simplificação: "O que se propõe é vandalismo ortográfico. Não há fundamentação técnica ou razão social, cultural e econômica para mexer numa ortografia estabilizada. Isso seria o fim da ortografia".
O historiador Jaime Pinsky problematizou a questão dos sotaques regionais. Para ele, a escrita fonética poderia causar confusão em diversas palavras: "É ridícula a ideia de escrever como se fala. A língua tem fatores sociais e históricos, que não podem ser desconsiderados"
O conhecido gramaticista e membro da Academia Brasileira de Letras, Evanildo Bechara, fez questão de lembrar que a opção por uma escrita fonética, em Língua Portuguesa, já foi rejeitada no século XIX. Segundo Bechara, "É preciso trabalhar para que a coletividade escreva o português de uma maneira única, mas quem deve propor as regras são os técnicos, as academias e as universidades".
Mais do que uma mudança ortográfica na Língua Portuguesa, precisamos investir na postura e na formação dos profissionais da área. Além disso, precisamos sistematizar o uso da variante brasileira. Isso significa colocar na regra o que já faz parte do uso na maioria do território brasileiro. Confira alguns exemplos:
1. Precisamos colocar o "a gente" e o "você" como pronomes pessoais e ensinar essa perspectiva desde a escola.
2. Precisamos rever as regras de colocação pronomial. Inciar o período com um "ME", por exemplo, já fazer parte do uso e isso precisa ser incorporado à regra.
3. Interjeição não é uma classe de palavra. É apenas uma frase nominal exclamativa.
4. Precisamos ensinar a diferença entre a forma e a função das palavras, e não fazer os alunos decorarem a classificação de cada vocábulo. Um simples "A" pode ser um artigo, uma preposição, um pronome ou um substantivo.
5. Na oração "vendem-se carros", o nosso entendimento é de que o sujeito é indeterminado e não o substantivo "carros".
7. Complemento nominal e adjunto adverbial são praticamente a mesma coisa. Por mais que tenha a questão do elemento que é agente ou paciente, a diferença fica muito sútil, interpretativa e praticamente inútil em relação à prática textual.
Posso citar mais dezenas de exemplos para dialogarmos sobre o assunto. Não quero passar "fórmulas do sucesso". Quero, sim, dialogar sobre características brasileiras do Português. A intenção não fazer uma simplificação da língua para o ensino ficar mais fácil. O objetivo é colocar na gramática uma língua viva, real e dinâmica que faz parte de um processo sócio-histórico de comunicação.
By Rodrigo Maia

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Sinceramente, eu não queria falar sobre isso, mas está "crescendo " e chegou ao ponto de eu ler a seguinte manchete: 

Amigos negros defendem jovem que ofendeu Aranha: "Ela não é racista"
HAHAHHAHAHAHA Cê s juram? Ela não é racista por tem amigos Negros? É isso mesmo produção? Conheço Penia fóbicos (aversão á pobres) exemplo disso são os políticos nas épocas eleitorais.


Então é assim ela ofende alguém da vossa etnia, (sim porque o que tem raça é cachorro) e vocês não se sentem ofendidos porque ela não os ofendeu diretamente, mas vem cá, indiretamente ela não vos chamou de MA-CA-COS??? PAREM PELO AMOR DE DEUS!!!!

Vou dar um exemplo de pessoas que aparentam não ter preconceito conosco, mas têm com nossos semelhantes, ou seja SOU PRECONCEITUOSAS, E DAS PIORES POIS NÃO ASSUMEM. 

Tenho um "migo/colega" que gosto muito, diz que gosta muito de mim, mas é xenofóbico, (aversão á estrangeiros" ele nunca irá assumir que o é, mas, não gosta de chineses, e coreanos, acha que asiáticos são todos do Japão, e critica a forma com que buscam uma vida melhor aqui no Brasil, porém diz me me AMA, e me chama de irmã. Isso é absolutamente paradoxal, pois como pode ele gostar de mim, e detestar outros estrangeiros? 

Temos que ter a menta mais aberta, para avaliados coisas e situação sair da superficialidade e da zona se conforto. 

É Claro que todos nós temos ou já tivemos algum tipo de preconceito ( eu mesma não tinha paciência com pessoas de mentalidade estreita, e conhecimento limitado) mas precisamos, reconhecer o tipo de preconceito que temos, para somente depois criamos mecanismos para nos livrar deles, POIS O PRECONCEITO APRISIONA.....
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Mulheres Lindas são livres de estereótipos

 Por Aracy Bonner

O que define você? Elogios ou insultos? Padrões ou estereótipos sociais? Somos definidos por rótulos, tanto pelos outros, tanto por nós mesmos…
“Os “rótulos” ditados pela sociedade são diferentes em várias maneiras de como nós mesmos nos vemos.
Às vezes, pode parecer confusa a linha entre nossa identidade e a identidade que os outros nos dão. Isso “torna difícil a libertação dos limites criados pela sociedade, e altera a percepção que temos de nós mesmos.”
Por isso, gostaria de falar sobre mulheres de cabelos curtos. Pois, mulher de cabelo curto é raridade. A Disney “caga” pra isso, esticando sempre ao máximo a cabeleira das heroínas.
Aliás, uma pesquisa recente,mostrou que 80% das brasileiras preferem os fios longos porque acham mais sexy e que, ao deixá-los deste jeito, agradarão mais aos homens.

É isso mesmo produção? E eu que pensei que a época medieval… retornando ao assunto, quer dizer então que nós mulheres precisamos agradar aos homens? Hum! Sei outra vez me enganei pensei que tivéssemos que agradar a nós mesmas!
A mídia, (informação em massa) se tornou um ditador de regas.
Alguém conheceprincesafamosa de cabelos curtos? Porque eu, honestamente, não me lembro de nenhuma.

Daí que este texto aqui, a partir deste exato momento, poderia virar justamente uma ode às corajosas que nadam contra a maré, cospem em pesquisas de tendência e esfregam seus cortes Joãozinho na cara da sociedade: vulgo eu. Vulgo você, que tem cabelo curto e que está me lendo agora.

Mas não sou previsível. Sou uma “escritora” talentosa, criativa, prestes, inclusive, a me candidatar à vaga deixada por um dos recém-falecidos na Academia Brasileira de Letras – e com isso me refiro não ao Ariano ou ao Ubaldo, mas sim ao Severino, que servia chá aos imortais toda tarde e semana passada enfartou, coitado.

Como eu dizia: eu surpreendo, me amo, e tendo a me agradar.Mas esse texto não exalta as mulheres-de-cabelos-curtos. Primeiro porque não somos piores nem melhores que ninguém, assim como também não são as mulheres-de-cabelos-compridos-até-os-joelhos.

Segundo e principalmente porque esses textos que nós mulheres escrevemos louvando qualquer característica física feminina (as narigudas, as de peito pequeno, as gordas, as cotoveludas, as com pelo, as barrigudas, e um lista infinita) são, na verdade, uma tentativa desesperada de nos justificar perante um mundo que nos julga e nos compara a todo minuto.

Eu não quero e nem precisome defender de nada. Eu não quero ter que fingir que me acho superior a alguém para me sentir segura.

Se tenho o cabelo curto e estou me sinto “fodona”que bom pra mim. Se você tem um nariz mais achatado que o meu (duvido) e por isso se acha a última browniedo pacotinho, sério, animal, ô dó da formiguinha.

Tudo vale a pena quando a alma não é pequena, já dizia o imortal Fernando Pessoa.
O que quer dizer basicamente, que se você não é uma megera mesquinha que precisa diminuir os outros para se sentir poderosa, já tá ótimo, pode tudo.

concluindo, este não é um post sobre mulheres de cabelos curtos. É sobre mulheres que fazem escolhas buscando a própria satisfação e felicidade. Sobre meninas que querem ser felizes do jeitinho que acharem melhor naquele momento. É um post sobre aquelas que preferem se unir a competir umas com as outras.

Em outras palavras, um texto sobre mim ok é óbvio, um texto também sobre você, sua linda

Aracy Bonner
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